Tratamento de Fraturas do Planalto Tibial
O que são fraturas do planalto tíbial ?
O planalto tibial envolve a porção articular e superior da tíbia, formando a porção inferior da articulação do joelho. As fraturas compõem 1% das fraturas do adulto, com amplo espectro de gravidade. Temos duas populações mais acometidas: pacientes jovens, vítimas de acidentes de alta energia com veículo automotor e pacientes idosos, vítimas de traumas de baixa energia em atividades cotidianas.
Foto: Estruturas do planalto tibial. Adaptado de Tibial Plateau Fracture, livro Tibia Pathology and Fractures, de Christian M. Schmidt II, Jan P. Szatkowski e John T. Riehl
Como ocorrem as fraturas ?
As fraturas podem ocorrer em traumas banais do dia a dia, tais como quedas de altura, traumas torcionais e traumas direitos, acometendo principalmente pacientes mais velhos. Boa parte dos pacientes jovens, por sua vez, são vítimas de acidentes envolvendo veículos, tanto bicicletas como veículos automotores.
Em ambos os casos, precisamos entender como estava a posição do pé no momento do trauma e como se deu a força. Isso é importante pois conseguimos classificar as fraturas de acordo com seu tipo e sua gravidade, facilitando o nosso tratamento depois. A classificação de Schatzker é a mais utilizada no planejamento e avaliação.
Classificação de Schatzker para fraturas do planalto tibial.
Quais são os sintomas das fraturas?
A dor e o inchaço do joelho costumam ser os principais sintomas. A maioria dos pacientes não consegue apoiar o peso do corpo no membro lesionado. Além disso, o derrame articular pode ocorrer devido à hemartrose, sangue proveniente da fratura que drena para a articulação do joelho.
Em casos de acidentes mais graves, podem estar presentes bolhas (chamadas de flictenas), exposição óssea (fratura exposta) e até lesões vasculares. Nesses dois últimos casos, estas lesões são consideradas urgências médicas e precisam tratamento imediato.
Ainda em situações que temos traumas de alta energia, é preciso fixar as fraturas de forma provisória, utilizando os chamados fixadores externos transarticulares. Seu objetivo é alinhar a fratura temporariamente, permitindo que ocorra a diminuição do inchaço dos tecidos do nosso corpo e garanta condições de pele adequada para o tratamento definitivo.
Flictena formado em decorrência de trauma de maior energia – Arquivo pessoal
Paciente jovem, vítima de acidente de alta energia com motocicleta. Foi realizado tratamento provisório com fixador externo transarticular para controle dos tecidos e planejamento cirúrgico.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado através da história de trauma associada com os sintomas do paciente e as radiografias. A tomografia computadorizada é necessária em grande parte das lesões para planejamento cirúrgico. A ressonância magnética pode ser útil em suspeita de lesões associadas.
As radiografias fazem parte do exame de rotina para diagnóstico das fraturas do planalto tibial – Arquivo pessoal.
Imagem de tomografia computadorizada do planalto tibial. A capacidade de ver os ossos em vários planos auxilia o planejamento cirúrgico da lesão. Fonte: arquivo pessoal.
Tratamento
Conservador: Após diagnóstico correto e avaliação adequada da lesão, partimos para o tratamento. Fraturas sem deslocamento ou com deslocamento mínimo (até 2 mm) podem ser tratadas de forma conservadora com imobilização e restrição de carga.
Cirúrgico: pacientes com fraturas com deslocamento significativo, desvios angulares, exposição óssea e degrau articular tem indicação de tratamento cirúrgico. Em casos de maior gravidade, como falado previamente, pode ser necessário utilizar um fixador externo para controle de partes moles e regressão do edema. Quando o paciente apresentar condições adequadas, é realizada a síntese definitiva.
Entender os traços de fratura, além do mecanismo do trauma e a classificação da lesão são peças-chave para o tratamento bem-sucedido. Isso nos indicará as vias de acesso e os materiais de síntese que utilizaremos no procedimento.
Cada fratura é única. Podemos realizar o tratamento das fraturas com pequenas incisões e de forma minimamente invasiva, porém em outros casos podemos necessitar fazer até mais de uma incisão mais longa para um tratamento adequado.
As três incisões para abordagem das vias cirúrgicas mais utilizadas nas fraturas do planalto tibial: via posteromedial, via anterolateral e via posterior.
Fratura do tipo Schatzker VI em que foi optado tratamento por dupla via de acesso – Arquivo pessoal
Fratura do tipo Schatzker III em que foi optado por tratamento minimamente invasivo com mínimas incisões – Arquivo pessoal
Pós-operatório
Logo após a cirurgia, já iniciamos a reabilitação com fisioterapia. Individualizamos o tipo de reabilitação para cada paciente, dependendo do tipo da cirurgia, material utilizado e da gravidade da fratura. Geralmente mantemos sem carga/sem pisar por 6 a 8 semanas. Novamente, é sempre importante fazer a reabilitação profissional capacitado para atingirmos melhores resultados.
Pós-operatório de Fratura Schatzker II com 03 meses de evolução – Arquivo pessoal
Pós –operatório de Fratura Schatzker III com 20 dias de evolução. Fonte: arquivo pessoal.
Complicações
Entre as complicações mais comuns , estão a rigidez do joelho, infecção superficiais e profundas, pseudoartrose, deformidades angulares, artrose pós-traumática e eventos tromboembólicos.
As informações contidas neste tópico são apenas alguns dos principais pontos sobre esse vasto assunto.Caso necessite uma avaliação, ficaremos felizes em lhe receber.
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